Após recuar e anunciar que o plenário da Câmara decidirá sobre a cassação de Carla Zambelli (PL-SP), o deputado paraibano Hugo Motta (Republicanos), presidente da Casa, respondeu duramente às críticas do deputado André Fernandes (PL-CE), que o acusou de “fraqueza” e traição. Motta reafirmou sua posição institucional e disse não agir “no grito”.
“Não ache que estou tomando essa decisão por esse seu discurso. Eu não funciono no grito”, afirmou Hugo Motta da cadeira da Presidência no Plenário, reafirmando que sua atuação seguirá critérios técnicos e regimentais. “Não vai ser Vossa Excelência insinuando que eu sou isso ou aquilo que vai me fazer agir a favor ou contra um tema.”
Motta também garantiu que a decisão final sobre o mandato de Carla Zambelli, que está foragida após condenação, será do Plenário. “Vamos notificar a deputada, respeitar o direito de defesa, e a palavra final será do Plenário. Isso é cumprir a decisão”, disse o presidente da Câmara.
Ainda sobre Zambelli, Motta explicou que foi notificado apenas sobre o bloqueio de salários e, antes disso, deferiu um pedido de licença solicitado pela própria parlamentar. “Ela não está em território nacional e não houve notificação formal sobre prisão”, pontuou.
Apesar do tom firme, Motta afirmou que continuará tratando todos os parlamentares com igualdade e buscará diálogo com a oposição: “O discurso de Vossa Excelência tem peso. Seguiremos com equilíbrio e serenidade”.