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2026: pré-campanha na Paraíba tem cavalos soltos, foguete atingido por carreta e maré mansa

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Maurílio Júnior

A corrida pelo Governo da Paraíba em 2026 ainda está longe do calendário oficial, mas no asfalto — e nas redes sociais — ela já começou faz tempo. E começou em alta velocidade. De cavalo desembestado a foguete em disparada, os pré-candidatos estão em campo com toda a simbologia que a política paraibana gosta de oferecer.

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) estão literalmente na estrada. Os dois têm percorrido o estado em agendas intensas e competitivas. Ambos do mesmo partido, ambos com discurso alinhado ao governo João Azevêdo (PSB), mas com ambições que ocupam o mesmo espaço — o de eventual candidato ao Governo pela base de situação.

No outro polo da disputa está o senador Efraim Filho (União Brasil), sempre com pressa, estilo foguete. A agenda dele é intensa e direta. Nesta semana, Efraim viveu um susto na estrada: uma carreta encostou no carro em que ele viajava na BR-230. Ninguém se feriu, mas o recado simbólico parece ter vindo: o caminho até 2026 pode ter curvas perigosas.

E nesse cenário de cavalos soltos, foguetes no céu e acelerações de todos os lados, tem Pedro Cunha Lima (PSD). Recém-empossado presidente estadual do partido, Pedro está em um ritmo bem diferente. Na sombra, tranquilo e à beira-mar, como se nada estivesse acontecendo. Enquanto os outros suam no calor político das agendas, Pedro parece seguir em modo de boa na lagoa.

Filho do ex-governador e ex-senador Cássio Cunha Lima, Pedro sabe que, historicamente, seu nome só entra no jogo nos minutos finais — e com chancela da família. Foi assim em outras eleições. E pode ser de novo.

Por enquanto, ele curte a maré. E deixa que os cavalos corram, os foguetes subam e os sustos aconteçam.