política

“É um covarde”, diz jornalista paraibano ao apoiar intimação de Bolsonaro na UTI

mauriliojunior.com

Maurílio Júnior

O jornalista paraibano Clilson Júnior, da Arapuan FM, fez duras críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela exposição pública durante sua internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Brasília. Em seu comentário, Clilson classificou a postura de Bolsonaro como “melodrama político” e afirmou que o ex-presidente tenta comover a opinião pública para escapar das consequências judiciais.

“Vou abrir divergência dos meus amigos aqui na mesa. A democracia merece um roteiro decente. O que Bolsonaro faz dentro da UTI é pior que qualquer novela mexicana de último nível. Aquela barriga costurada, fazendo selfie dia e noite para chamar atenção e fugir da Justiça”, disparou o jornalista.

Clilson criticou o fato de Bolsonaro, mesmo internado, manter transmissões ao vivo para seus seguidores. Para ele, esse comportamento desmonta a narrativa de fragilidade física que o ex-presidente tenta sustentar. “Um homem que está doente faz live dentro da UTI? Isso é um roteiro indecente, não é coisa de chefe de Estado. É um melodrama que quer comover gente.”

Durante a análise, o jornalista fez questão de comparar a postura de Bolsonaro com a de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando foi preso, destacando que, mesmo após mais de 500 dias de detenção, Lula manteve uma postura firme, sem recorrer a esse tipo de dramatização. “Eu me envergonho desse melodrama. A gente tem que aplaudir Lula. Critico Lula direto, mas vocês viram Lula chorando quando foi preso? Não. Ele dizia que era inocente e voltou a ser presidente.”

Clilson Júnior também apoiou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de realizar a intimação de Bolsonaro na UTI, afirmando que o ex-presidente, mesmo no “balão de oxigênio”, deve responder à Justiça. “É um covarde que utiliza a mente dos fracos para tentar comover um país. Sem anistia para você, Bolsonaro. Você vai para o balão de oxigênio, esteja onde estiver, vai ter que ser julgado e provar que é inocente na Justiça.”