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Conclave: como um novo papa é escolhido?

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Maurílio Júnior

A morte do papa Francisco, nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, abre caminho para o início do processo de sucessão no Vaticano. O conclave, que define o novo pontífice, deve começar dentro de 15 a 20 dias.

Esse intervalo é previsto para que todos os cardeais aptos possam chegar a Roma. A escolha é feita por até 120 cardeais com menos de 80 anos, que representam diferentes países e regiões do mundo. Sete brasileiros têm direito a voto.

Votação acontece na Capela Sistina

A eleição é realizada a portas fechadas na Capela Sistina, no Vaticano. Cada cardeal escreve em uma cédula o nome do escolhido. Para ser eleito, um candidato precisa receber ao menos dois terços dos votos.

Se não houver definição, as cédulas são queimadas com uma substância que produz fumaça preta — sinal de que ainda não há um novo papa. Os cardeais podem votar até quatro vezes por dia.

Isolamento e sigilo

Durante o conclave, os cardeais permanecem isolados, sem acesso a celulares, rádio ou televisão. O sigilo é absoluto. Quando um nome atinge a maioria exigida, as cédulas são queimadas com outra substância, que gera fumaça branca: é o sinal de que um novo papa foi eleito.

A tradicional frase “Habemus Papam” é então pronunciada ao público reunido na Praça São Pedro.

Último conclave durou dois dias

Francisco foi eleito em 2013 após cinco rodadas de votação. Ele foi o primeiro papa latino-americano da história. Ao longo do pontificado, ficou conhecido por sua postura acolhedora e por romper com o conservadorismo em temas como imigração, pobreza e direitos de minorias.