O deputado estadual Júnior Matuto (PSB), de Pernambuco, gerou repercussão nesta terça-feira (8) ao utilizar uma expressão de cunho machista durante sessão na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe). Ao elogiar o presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB), o parlamentar afirmou que ele tem “o cunhão roxo e a pinta preta” — frase usada para destacar sua postura em manter na pauta um projeto de lei voltado à área da segurança pública.
“O projeto vai entrar. Pode até não entrar, mas vocês vão saber quem está contra o povo pernambucano”, disse Matuto, referindo-se à proposta que pretende acabar com a cláusula de barreira em concursos para as forças de segurança. A medida permitiria ampliar o número de candidatos considerados aptos para fases seguintes de seleções públicas e criar cadastro reserva em concursos já em andamento, como o da Polícia Civil de Pernambuco.
A proposta, no entanto, não foi votada na sessão por falta de quórum. Apenas 19 dos 49 deputados estavam presentes, quando o mínimo exigido é de 25. O presidente da Alepe, Álvaro Porto, afirmou que a ausência de parlamentares, especialmente da base governista, teria sido uma manobra para evitar a apreciação da matéria. Ele prometeu pautar novamente o projeto nesta quarta-feira (9).
A fala de Júnior Matuto foi recebida com aplausos no plenário, mas também provocou críticas fora da Assembleia, principalmente pelo uso de linguagem considerada inadequada ao ambiente parlamentar.
