A juíza Virgínia Gaudêncio, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, negou o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do médico Fernando Cunha Lima. O pediatra está preso desde o dia 7 de março, acusado de abusar sexualmente de crianças durante consultas médicas. Ele estava foragido há 4 meses.
Na decisão, proferida nesta segunda-feira (31), a magistrada argumenta que o estado de saúde alegado pelo réu não justifica o benefício. Segundo o processo, mesmo com problemas de saúde citados pela defesa, Fernando Cunha Lima foi visto consumindo cerveja e sorvete, além de manter rotina social durante o período em que esteve foragido.
“A dura realidade é que, à medida que o ser humano envelhece, surgem doenças, sendo essencial aprender a conviver com elas. Seus problemas pneumológicos não o impediram de apreciar um bom sorvete ou uma cerveja gelada, assim como seus problemas na coluna não o privaram do convívio familiar e de momentos de lazer”, escreveu a juíza na decisão.
A magistrada também destacou que a rotina do médico, enquanto foragido, era incompatível com a condição clínica apresentada como argumento para mudança de regime prisional.
Fernando Cunha Lima está recolhido em unidade prisional na cidade de Abreu e Lima, no estado de Pernambuco, e deve ser transferido a qualquer momento para Paraíba.