O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), morreu nesta quarta-feira (26), aos 78 anos. Ele estava internado no Hospital Mater Dei desde o dia 3 de janeiro, após apresentar um quadro grave de insuficiência respiratória. Segundo a equipe médica, o político sofreu uma parada cardiorrespiratória na noite de terça-feira (25) e não resistiu.
Fuad enfrentava problemas recorrentes de saúde desde o fim de 2023. Durante a campanha eleitoral, ele tratava um linfoma abdominal, já em fase de remissão. Desde então, passou por quatro internações, motivadas por episódios de pneumonia, neuropatia, sinusite e outras complicações.
Mesmo em tratamento, ele foi reeleito em 2024 e chegou a tomar posse remotamente, no início de janeiro, por orientação médica. Essa foi sua última aparição pública. Na mensagem lida pelo vice-prefeito, Fuad agradeceu aos profissionais de saúde e afirmou estar pronto para os desafios do novo mandato.
Trajetória na vida pública
Economista e servidor de carreira do Banco Central, Fuad Noman teve longa trajetória na administração pública, com passagens por órgãos federais, estaduais e municipais. Atuou em funções como secretário de Fazenda e Obras de Minas Gerais e presidiu a Gasmig até 2012. Após um período de aposentadoria, aceitou integrar a gestão de Alexandre Kalil, assumindo a Secretaria Municipal de Fazenda em 2017.
Foi escolhido vice-prefeito na chapa de reeleição de Kalil e assumiu o comando da cidade em 2022, quando o então prefeito deixou o cargo para disputar o governo do estado. Em 2024, venceu sua primeira eleição como cabeça de chapa, tornando-se o prefeito de capital mais velho do país.
Fuad deixa a esposa, Mônica Drummond, com quem era casado há 52 anos, dois filhos e quatro netos.
Vice-prefeito assume o comando da capital
Com a morte de Fuad, o vice-prefeito Álvaro Damião (União Brasil), que já estava como interino desde janeiro, deve assumir o cargo de forma definitiva, conforme previsto na legislação eleitoral.