Jair Bolsonaro, que já atribuiu sua derrota nas eleições de 2022 ao Supremo Tribunal Federal (STF) e às urnas eletrônicas, acaba de apontar uma nova responsável: a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Em entrevista nesta segunda-feira (24), o ex-presidente afirmou que a parlamentar “tirou o mandato” da chapa ao protagonizar, armada, um episódio polêmico às vésperas do segundo turno.
“Aquela imagem da Carla Zambelli da forma que foi usada, perseguindo o cara lá… Teve gente que pensou: ‘Olha, o Bolsonaro defende o armamento’. Mesmo quem não votou no Lula, anulou o voto. Ela tirou o mandato da gente”, disse Bolsonaro durante entrevista ao podcast Inteligência Ltda.
Julgamento no STF segue com 5 votos pela condenação
A deputada é acusada de perseguir, armada, um homem nas ruas do bairro Jardins, em São Paulo, às vésperas do segundo turno da eleição de 2022. A cena foi amplamente divulgada nas redes sociais e causou repercussão nacional.
O julgamento de Zambelli no STF ocorre em plenário virtual e já conta com cinco votos favoráveis à condenação. Nesta segunda, o ministro Nunes Marques pediu vista do processo, o que suspende temporariamente o encerramento do julgamento, mas não impede que outros ministros continuem votando.
Mesmo com o pedido de vista, o ministro Cristiano Zanin antecipou seu voto, ampliando o placar para 5 a 0 a favor da condenação de Zambelli. O julgamento continua aberto até às 23h59 da próxima quinta-feira (27).
A tendência é que se forme maioria para condenar a parlamentar, mas o julgamento só será concluído após todos os ministros se manifestarem.
