Inquérito do golpe

Ministros indicados por Bolsonaro divergem em julgamento sobre suspeição no STF

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A dupla de ministros do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça e Nunes Marques
Maurílio Júnior

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tiveram posicionamentos diferentes no julgamento que analisou se Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin poderiam atuar na denúncia sobre a tentativa de golpe de Estado.

Nunes Marques votou a favor da permanência dos ministros no julgamento, enquanto André Mendonça foi o único a se posicionar contra. Com isso, o placar final foi 9 a 1 para manter Moraes e Dino no caso, e 10 a 0 para validar a participação de Zanin.

A defesa de Bolsonaro e do ex-ministro Braga Netto questionava a imparcialidade dos magistrados, alegando que eles já haviam atuado em processos envolvendo o ex-presidente e seus aliados. O STF, no entanto, rejeitou os argumentos e manteve os ministros no julgamento.

O caso envolve 34 acusados, incluindo Bolsonaro e ex-integrantes do governo, por crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A investigação aponta que o grupo tentou impedir a posse do presidente eleito e cogitou a prisão de ministros da Corte.