A Prefeitura de Campina Grande contestou, nesta quarta-feira (19), as declarações do empresário e médico Dalton Gadelha, presidente do Hospital Help, sobre uma suposta dívida de R$ 33 milhões acumulada pela gestão municipal. Segundo a administração, o valor mencionado não condiz com a realidade e já foram pagos mais de R$ 44 milhões à instituição apenas em 2024.
Prefeitura afirma que dívida é menor do que a divulgada
De acordo com o secretário de Saúde, Dunga Júnior, os repasses foram feitos por meio do Fundo Municipal de Saúde, com valores provenientes de emendas parlamentares e procedimentos realizados pelo SUS. Ele ressaltou que, além desses pagamentos, houve transferências via decisões judiciais, restando um saldo pendente de R$ 700 mil, bem abaixo do valor alegado pelo presidente do hospital.
Dalton Gadelha mantém cobrança judicial
O impasse ganhou repercussão após Dalton Gadelha afirmar, em entrevista à Rádio Correio FM, que a Prefeitura de Campina Grande não vem cumprindo os repasses devidos ao Hospital Help. Segundo ele, os valores estariam atrasados há um ano e oito meses, levando à necessidade de ingressar com uma ação judicial para garantir o pagamento.
“A prefeitura não paga, não nos recebe e não está nem aí. Perdi a paciência e tive que judicializar. Não é possível comprometer vidas. Estou falando de recursos carimbados para o Help”, declarou o empresário.
Veja o comunicado enviado pela Prefeitura de Campina
O secretário de Saúde de Campina Grande, Carlos Dunga Júnior, apresentou esclarecimentos sobre os repasses financeiros realizados ao Hospital HELP (Hospital Escola e Laboratórios de Pesquisa). O gestor informou que o Fundo Municipal de Saúde pagou mais de R$ 44 milhões ao hospital no ano de 2024, referentes a emendas parlamentares e realização de procedimentos pelo SUS.
De acordo com os dados apresentados por Dunga Júnior e ratificados pela Secretaria Municipal de Finanças, outras rubricas foram repassadas por meio de acordo judicial, restando apenas R$ 700 mil a serem pagos à instituição, diferentemente do valor apresentado de R$ 33 milhões, que fora divulgado.
Dunga explicou que o HELP atua por meio da Fundação Pedro Américo, e funciona como Rede Complementar do SUS, podendo receber recursos de emendas parlamentares e de produção hospitalar, ou seja, dos procedimentos executados pelo SUS.
Para o recebimento dos valores, é necessário apresentar planos de ação, no caso das emendas parlamentares. No caso da produção hospitalar, os recursos somente são recebidos até dois meses após o processamento, o que é uma praxe nos serviços executados pela Rede Complementar, uma vez que este é o intervalo necessário para que o Ministério da Saúde realize o pagamento.