A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro neste domingo (16), na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, reuniu apenas 18,3 mil pessoas, segundo levantamento da Universidade de São Paulo (USP). O número representa menos de 2% do público previsto, já que Bolsonaro e seus aliados chegaram a projetar a presença de 1 milhão de apoiadores no ato em prol da anistia para condenados pelos ataques de 8 de janeiro.
Apesar da alta expectativa, imagens de emissoras de TV mostraram que a mobilização não conseguiu ocupar grandes trechos da orla. A concentração de apoiadores ficou restrita à região próxima ao palco, sem formar multidões expressivas ao longo da Avenida Atlântica e da faixa de areia. Mesmo horas após o horário previsto para o início do evento, às 10h, o fluxo de participantes permaneceu abaixo das projeções.
Governadores e aliados estiveram presentes
Entre os políticos que participaram da manifestação estavam os governadores Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Tarcísio de Freitas (São Paulo), Jorginho Mello (Santa Catarina) e Mauro Mendes (Mato Grosso), além do próprio Bolsonaro. O ato foi considerado uma tentativa do ex-presidente de demonstrar força política e mobilizar sua base de apoio em um momento decisivo para seu futuro jurídico.
STF analisará denúncia contra Bolsonaro no dia 25 de março
O protesto ocorreu em meio ao avanço das investigações contra Bolsonaro. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 25 de março a análise da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta o ex-presidente como líder de uma organização criminosa que tentou reverter o resultado das eleições de 2022.
Encaminhada ao STF em 18 de fevereiro, a denúncia inclui a acusação de tentativa de golpe de Estado. Caso seja condenado por todas as acusações, Bolsonaro pode enfrentar penas que variam de 12 a mais de 40 anos de prisão.
