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Vereadora minimiza morte de bebê no Isea e atribui violência obstétrica à falta de maternidade em Esperança

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Maurílio Júnior

A vereadora de Campina Grande, Ivonete Ludgério (União Brasil), comentou nesta quarta-feira (12) o caso da morte do bebê Davi Elô e das complicações enfrentadas por sua mãe, Danielle, após atendimento no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea). Segundo a parlamentar, a situação teria sido agravada pelo fato de a família ser do município de Esperança, que não conta com uma maternidade própria.

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“Eu tenho muita pena dessa mãe e desse pai que estão passando por isso, mas eles são de Esperança. Uma cidade grande que ainda não tem um serviço adequado para esse tipo de gravidez de risco”, declarou Ivonete, da tribuna da Câmara Municipal de Campina Grande.

Durante sua fala, a vereadora também mencionou que a superlotação do Isea não é uma novidade e que a situação vem de décadas.

“Eu nasci há 58 anos atrás no Isea, nas mãos de uma parteira que hoje já é falecida. Como a maioria dos meus irmãos, de nove irmãos, cinco nasceram nas mãos de parteiras. Os quatro mais novos nasceram em hospitais com obstetras, mas desde esse tempo já existia uma superlotação no Isea”, afirmou.

Vereadora nega defesa do hospital 

Ivonete Ludgério afirmou que seu objetivo não era defender o Isea, mas sim trazer um debate sobre a superlotação e a necessidade de reorganização dos serviços de saúde na região.

“Eu peço que ninguém pense que estou defendendo o Isea e colocando essa família que está de luto no meio disso. As famílias têm direito à saúde em Campina Grande, na Paraíba e em todo o Brasil. Mas a gente precisa rever essa questão da superlotação do Isea”, concluiu.