Com a disputa aberta por uma vaga no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), o debate sobre a forma de indicação para a Corte volta à tona. Enquanto alguns defendem que o cargo deve ser ocupado por um perfil exclusivamente técnico e desvinculado da política, o presidente do TCE-PB, Fábio Nogueira, faz uma defesa contundente do processo político como forma legítima e necessária para a escolha do novo conselheiro.
Em entrevista recente ao jornalista Heron Cid, na TV Manaíra, Nogueira ressaltou que o parlamento tem o aval da população para tomar decisões como essa e rejeitou a ideia de que a indicação política contamina o processo.
“O constituinte de 1988 foi muito sábio ao buscar no parlamento alguém que veio da atividade pública, que consegue dialogar e que já esteve do outro lado do balcão. Isso contribui muito”, disse.
Fábio Nogueira, que tem raízes políticas e já foi deputado estadual e secretário no governo Cássio Cunha Lima em Campina Grande, argumentou que a escolha de um conselheiro que tenha experiência na gestão pública traz benefícios para o funcionamento do Tribunal de Contas.
Ele citou na oportunidade como exemplo a presença de profissionais de diferentes áreas na Corte, como o conselheiro Nominando Diniz, que é médico e, segundo Nogueira, teve um papel fundamental durante a pandemia por sua experiência na área da saúde.