A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, informou ao presidente Lula e aos ministros nesta segunda-feira (27) que a empresa precisará reajustar o preço do diesel. O reajuste pode ser aprovado já nesta quarta-feira (29), durante reunião do Conselho de Administração da petroleira. As informações são do G1.
Embora os cálculos ainda estejam sendo finalizados, integrantes da Petrobras indicaram que o impacto na bomba pode variar entre R$ 0,18 e R$ 0,24 por litro de diesel. No entanto, a gasolina e o gás de cozinha, por enquanto, não devem sofrer reajustes, segundo a avaliação de Chambriard.
Uma fonte próxima ao encontro revelou que o governo recebeu a notícia do aumento do diesel com naturalidade. No entanto, o reajuste, especialmente do diesel, preocupa o governo, pois impacta diretamente a inflação e o preço dos alimentos, justamente no momento em que o governo busca aliviar o custo desses produtos para os brasileiros.
O problema, segundo especialistas do setor, é a defasagem no preço dos combustíveis. A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) informou que, na semana passada, a defasagem no preço do óleo diesel era de 16% em relação ao preço internacional, o que corresponde a mais de R$ 0,50 por litro. Já a defasagem na gasolina é menor, de 7%.
Fontes do governo destacaram que, em 2024, a Petrobras manteve os preços dos combustíveis estáveis, mesmo com a queda do valor no mercado internacional, ajudando a empresa a formar um “colchão” para mitigar as perdas atuais.
O governo detém a maioria no conselho da Petrobras, uma empresa de capital misto, o que significa que também possui acionistas privados. Caso opte por segurar os preços, o governo não prejudicaria apenas a estatal, mas também outros importadores de combustíveis que atuam no Brasil.