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Caso Rodolpho Carlos completa 8 anos sem desfecho e desembargador admite: “falhamos no nosso papel”

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Maurílio Júnior

Oito anos após o atropelamento e morte do agente de trânsito Diogo Nascimento de Souza, o caso segue sem resolução definitiva. O crime ocorreu em 21 de janeiro de 2017, em João Pessoa, durante uma blitz da Lei Seca, quando o acusado, Rodolpho Carlos da Silva, fugiu sem prestar socorro.

Nesta quarta-feira (22), o Tribunal de Justiça da Paraíba decidiu, por maioria, realizar uma nova audiência com os peritos do caso, suspendendo a decisão anterior de levar o acusado a julgamento pelo Tribunal do Júri. A decisão acolhe o pedido do acusado, de família influente na Paraíba proprietária da TV Globo no estado e do grupo São Braz.

Em discurso durante julgamento de embargos, o desembargador Leandro Santos afirmou que a Justiça paraibana falhou na missão de se fazer justiça.

“Estamos lidando com um caso que já acumula oito anos desde seu início. Ao permitir tamanha demora, falhamos em cumprir nosso papel de fazer justiça. O tempo é um requisito essencial do preceito constitucional de celeridade processual, especialmente em ações penais”, disse.

A prisão temporária de Rodolpho Carlos foi decretada em 2017, mas rapidamente revogada na época pelo desembargador Joás de Brito. Desde então, o caso avança lentamente, gerando frustração na família de Diogo, que ainda aguarda por justiça e um desfecho.

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