A cantora paraibana Roberta Miranda, a “rainha do sertanejo”, participou nesta segunda-feira (20) do programa Roda Viva, da TV Cultura, onde falou sobre os desafios enfrentados durante sua infância em João Pessoa e as barreiras que superou para se tornar um dos grandes nomes da música brasileira.
Durante a entrevista, Roberta relembrou os tempos de dificuldades financeiras na capital paraibana, quando chegou a passar fome. “Eu cheguei a um ponto, com cinco ou seis anos de idade, de passar fome e roer muro. Nós não tínhamos nada. O que me salvava, até uns oito anos, era ir para a Mata do Buraquinho, em João Pessoa, e pegar uma fruta. Caso contrário, não tinha nada”, contou a cantora, emocionada.
Roberta também abordou o preconceito que enfrentou ao longo de sua trajetória no sertanejo, um gênero historicamente dominado por homens. “Ninguém tem ideia do que eu passei para me tornar o que eu sou hoje. Eu tomei muita porrada de um mundo comandado por bota e chapéu para hoje ser respeitada. […] Ainda acontece atualmente (preconceito), mas é mais velado, menos explícito, mas acontece bastante”, declarou.
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