O ex-presidente Jair Bolsonaro acompanhou neste sábado, 18, a esposa, Michelle Bolsonaro, ao aeroporto de Brasília, onde ela embarcou para a cerimônia de posse de Donald Trump na Casa Branca, marcada para segunda-feira. Impedido de deixar o Brasil por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro chorou ao comentar o caso, classificando a situação como uma “perseguição política”.
“Obviamente seria muito boa a minha ida lá. Estou chateado, abalado, mas enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa”, disse Bolsonaro. Michelle afirmou que os adversários têm “medinho” do marido e expressou confiança de que “Deus vai ter misericórdia da nossa nação”.
Na quinta-feira, Moraes negou o pedido de Bolsonaro para viajar aos EUA, alegando risco de fuga. A Procuradoria-Geral da República também se posicionou contra, argumentando que a viagem não tem caráter oficial e não atende ao interesse público.
O ex-presidente chamou a decisão de “grave decepção” e afirmou ser vítima de “lawfare”, acusando o uso de processos judiciais como ferramenta de perseguição política. Seus advogados recorreram da decisão.
Bolsonaro está com o passaporte apreendido desde fevereiro, por determinação de Moraes, devido à investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Ele foi indiciado no caso em novembro, mas nega as acusações.