O presidente da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), Derlópidas Neves, referência em oncologia na região de Campina Grande, cobrou da Prefeitura Municipal um planejamento financeiro que garanta a regularidade dos repasses de recursos. A instituição, que atende 92% de seus pacientes pelo SUS, enfrenta dificuldades operacionais devido a atrasos nos pagamentos.
Na semana passada, médicos da FAP anunciaram a paralisação das atividades a partir do dia 16, pressionados pela crise financeira. Ontem, a Prefeitura efetuou o pagamento de quase R$ 4 milhões, parte de uma dívida de R$ 10 milhões acumulada com o hospital. Os recursos, oriundos do Ministério da Saúde e de emendas parlamentares, são destinados à Prefeitura, mas têm enfrentado atrasos na transferência para a FAP.
“Precisamos de estabilidade financeira e planejamento. É fundamental garantir os recursos necessários não só para mantermos o que já temos, mas para planejar o futuro da saúde em Campina Grande”, afirmou Derlópidas, destacando que o hospital recentemente adquiriu um terceiro acelerador linear, considerado o mais avançado do mundo, graças a emendas parlamentares.
A cobrança de Derlópidas Neves foi feita ontem durante uma reunião de emergência do Conselho de Saúde do Município para tratar justamente dos atrasos de pagamentos na saúde campinense.
