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Líder da oposição vê Campina Grande na UTI com atrasos em salários, fornecedores e hospitais

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Maurílio Júnior

O vereador Anderson Pila (PSB), líder da oposição na Câmara Municipal de Campina Grande, fez duras críticas à gestão municipal nesta terça-feira (14). Em entrevista ao @blogmauriliojunior, Pila destacou os atrasos recorrentes nos salários dos servidores, no pagamento a fornecedores e na transferência de recursos para instituições essenciais como a Fundação Assistencial da Paraíba (FAP). Ele classificou a situação como um “caos administrativo e financeiro” e afirmou que a saúde do município está “na UTI”.

“Campina Grande vive um caos administrativo e financeiro sem precedentes, algo que já vinha se desenhando desde as eleições, mas que agora atinge o ápice, especialmente na área da saúde. É como se a saúde da cidade estivesse na UTI por conta de uma gestão que não paga fornecedores, atrasa salários dos servidores e não repassa os recursos necessários às instituições”, afirmou o vereador.

Segundo Pila, a gestão municipal tem recorrido a emendas parlamentares federais para custear despesas básicas, mas até mesmo esses recursos, destinados a instituições como a FAP, enfrentam retenções indevidas. Ele criticou a falta de transparência e o uso de recursos que deveriam ser repassados diretamente às entidades beneficiadas.

“No ano passado, acusava-se a oposição de não fazer as complementações orçamentárias, mas ficou claro que o problema era da própria Secretaria de Saúde. Este ano, sequer os prestadores de serviço receberam. As emendas, que deveriam ajudar instituições importantes como a FAP, são retidas. A Secretaria de Saúde usa os recursos que não lhe pertencem, já que são destinados às instituições, mas que precisam passar pelo Fundo Municipal de Saúde”, disse.

Histórico de atrasos

Os problemas na saúde municipal se acumulam. Médicos da FAP chegaram a anunciar uma paralisação devido à falta de repasses da Prefeitura, situação que só foi contornada após o governador João Azevêdo (PSB) autorizar a antecipação de R$ 2 milhões para socorrer o hospital, referência no tratamento de câncer.

Além disso, fornecedores e servidores públicos têm enfrentado atrasos nos pagamentos. Recentemente, o secretário municipal de Saúde, Carlos Dunga Júnior, admitiu que a pasta depende do repasse de recursos federais para regularizar parte dos pagamentos, expondo a fragilidade financeira do município.

Saúde na UTI

Para o vereador Anderson Pila, a situação da saúde municipal é um reflexo de uma gestão desorganizada. Ele chamou atenção para o impacto na população mais vulnerável, que depende do sistema público para ter acesso a serviços básicos.

“Campina Grande está com a saúde na UTI, refletindo o caos administrativo geral que domina a Prefeitura”, concluiu o vereador.