Os médicos que atuam na rede pública de saúde de Campina Grande emitiram uma nota de repúdio nesta quarta-feira (8/1), denunciando atrasos frequentes nos salários desde outubro de 2024. Segundo os profissionais, os problemas afetam médicos efetivos e contratados das unidades de PSF, UPAs, Hospital da Criança e do Adolescente, Hospital Dr. Edgley e Hospital Pedro I.
A categoria aponta “grave insegurança financeira” e acusa a Prefeitura, sob a gestão do prefeito Bruno Cunha Lima e do secretário de Saúde Carlos Dunga Júnior, de descaso e omissão. Os médicos destacam que, apesar das adversidades, continuam prestando atendimento à população com zelo e comprometimento.
Além disso, os profissionais denunciam que a Prefeitura não tem repassado, desde abril de 2024, os recursos federais do programa Previne Brasil para a Estratégia de Saúde da Família, agravando ainda mais a crise na atenção primária à saúde.
“A falta de informações claras e concretas sobre a regularização dos pagamentos agrava ainda mais a situação, demonstrando a ausência de transparência e compromisso da atual gestão”, diz a nota.
Os profissionais exigem uma solução imediata para o problema e afirmam que o atraso nos pagamentos não é apenas uma violação dos direitos trabalhistas, mas também “uma afronta à dignidade profissional e humana”.
A Prefeitura de Campina Grande ainda não se manifestou sobre as acusações.
Veja a nota na íntegra
NOTA DE REPÚDIO
Os médicos que atuam na rede pública de saúde de Campina Grande vêm a público manifestar seu profundo descontentamento e indignação diante da atual situação de descaso e omissão da Prefeitura Municipal de Campina Grande, sob a gestão do prefeito Bruno Cunha Lima e do secretário de Saúde Carlos Dunga Júnior.
Desde outubro de 2024, os salários dos médicos efetivos e contratados das unidades de PSF, UPAs, Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), Hospital Dr. Edgley e Hospital Pedro I vêm sendo frequentemente atrasados. Tal conduta da gestão municipal tem gerado grave insegurança financeira para esses profissionais, que seguem desempenhando suas funções com zelo e comprometimento, mesmo diante da total falta de respeito por parte do poder público.
A falta de informações claras e concretas sobre a regularização dos pagamentos agrava ainda mais a situação, demonstrando a ausência de transparência e compromisso da atual gestão com aqueles que estão na linha de frente da saúde, garantindo o atendimento à população mesmo em condições adversas.
Reforçamos que o atraso nos pagamentos não é apenas uma violação dos direitos trabalhistas, mas também uma afronta à dignidade profissional e humana dos médicos que, apesar do cenário de abandono, continuam priorizando o bem-estar dos pacientes.
Exigimos que o prefeito Bruno Cunha Lima e o secretário Carlos Dunga Júnior tomem medidas imediatas e efetivas para solucionar este grave problema, honrando os compromissos financeiros com os profissionais de saúde e valorizando aqueles que são essenciais para o funcionamento da rede pública.
Não aceitaremos que a saúde de Campina Grande seja negligenciada desta forma. A luta por respeito e dignidade profissional é também uma luta pela qualidade do atendimento à população.
Campina Grande, 08 de janeiro de 2025.
Assinado por: Médicos da Rede Pública de Saúde de Campina Grande.