Heron Cid tem razão ao comentar no seu programa de rádio, o Hora H, que o terreno do antigo Aeroclube, em João Pessoa, precisa ser exorcizado. O local tornou-se, há anos, um palco de disputas judiciais que seguem impedindo a concretização de um projeto de grande relevância: o Parque da Cidade. Desde a tentativa de desapropriação, o caso percorreu instâncias judiciais até chegar as Cortes de Brasília, revelando uma resistência que ultrapassou a razão e alcançou a paralisia.
Entenda: Presidente do STJ mantém paralisadas obras do Parque da Cidade, em João Pessoa
É importante lembrar que o Aeroclube não opera mais no local há muito tempo. Hoje, a entidade está instalada na região de São Miguel de Itaipu, e o antigo terreno, que antes era uma pista de pouso, permanece abandonado.
Apesar de sua história de usos diversos — de shows a circos —, o espaço agora enfrenta novos entraves, mesmo diante de um propósito legítimo e benéfico: a criação de um parque voltado à preservação ambiental e ao lazer da população.
As vozes contrárias ao projeto encontram dificuldades de sustentação jurídica. Afinal, como bem sustentou Heron no Hora H desta quinta-feira (2/1), o local, anteriormente, já foi utilizado de maneiras que, em tese, poderiam ter causado impacto ambiental, mas não houve contestação judicial significativa à época. No entanto, quando o objetivo se tornou a construção de um espaço que une sustentabilidade e convivência, as disputas legais ganharam força.
Até que ponto as decisões judiciais devem continuar travando um projeto que tem potencial para beneficiar a cidade como um todo? É essencial respeitar a legislação e os processos, mas também é necessário considerar o interesse público e a viabilidade de dar um destino produtivo e ecológico a um espaço que hoje está subutilizado.
Chegou a hora de ‘exorcizar’ o terreno do antigo Aeroclube!