política

Salários atrasados: Sintab vê catástrofe anunciada em Campina Grande: “A prefeitura faliu”

mauriliojunior.com

Maurílio Júnior

O presidente do Sintab, Franklyn Barbosa de Brito, declarou nesta sexta-feira (31/12) que os sucessivos atrasos no pagamento dos servidores de Campina Grande são uma “catástrofe anunciada”. Ele afirmou que, após os problemas no pagamento de novembro e o décimo terceiro, o cenário financeiro da prefeitura estava claramente comprometido, o que levou ao colapso nas finanças municipais.

Crise: PMCG admite atrasos de salários e dependência de recursos federais para pagar servidores; veja nota

“A Prefeitura de Campina Grande faliu”

O presidente do Sintab não poupou críticas à gestão financeira da Prefeitura de Campina Grande, afirmando que a falência da administração municipal era algo previsível. “Se teve problema no pagamento de novembro, a partir dali o sinal já foi aceso. A luz amarela acendeu ali no problema do pagamento de novembro. Na sequência, você teve o problema do pagamento do décimo. Três folhas seguidas, a prefeitura com a situação que ficou durante o período eleitoral, com um inchaço secundário. Então, não poderia dar outra coisa: a prefeitura faliu. Era uma coisa prevista, uma bomba anunciada, né? Uma catástrofe anunciada. Não tinha como evitar isso pelo que ocorreu ao longo dos últimos meses”, destacou Franklyn.

Emendas bloqueadas 

A Prefeitura de Campina Grande (PMCG) admitiu que o atraso nos salários dos servidores da Saúde foi causado por mudanças no sistema de financiamento da saúde pública, após decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida exigiu a abertura de contas específicas para a liberação dos recursos, o que gerou o atraso no repasse.

Pagamentos em janeiro

A PMCG informou que, apesar dos contratempos, o pagamento será regularizado no dia 3 de janeiro de 2025, com a quitação até o 5º dia útil, em 7 de janeiro. A prefeitura também destacou que o pagamento será feito com recursos provenientes de emendas federais, que estavam suspensas desde o dia 23 de dezembro devido a questões de transparência no Congresso Nacional. Parte dos recursos foi liberada no último domingo, permitindo a regularização das pendências.