O prefeito de Guarabira, Marcus Diogo (PSDB), que encerra seu mandato nesta terça-feira (31/12), indicou um rompimento político com a prefeita eleita Lea Toscano (União Brasil). Em entrevista à rádio Guarabira FM, Diogo expressou “decepção” e criticou a “falta de reconhecimento de sua gestão” por parte da futura gestora.
“Falta de reconhecimento”
Marcus afirmou que, durante a campanha eleitoral, aceitou críticas da oposição para evitar desgastes à candidatura de Lea.
“Sobre a campanha, não há problema nenhum [sobre as críticas da oposição]. [Eu disse] deixem bater, falem de Marcus Diogo, não me incomoda. Podem criticar à vontade. Na verdade, até ajuda a campanha a ganhar visibilidade. Era como se nem houvesse candidato da oposição, enquanto nossa candidata corria livre. Isso foi conversado abertamente, sem problemas, em várias reuniões. Ficou tudo acertado. Faltou apenas um reconhecimento maior de que a gestão funcionou. Imagine uma cidade como Guarabira, com 60 mil habitantes, sem uma gestão de verdade. Não teria como ganhar, nem em Guarabira, nem em lugar nenhum.”
Mágoa com Lea e Camila Toscano
Diogo também direcionou críticas à prefeita eleita e à deputada estadual Camila Toscano (PSDB), filha de Lea. “Eu desejo para Lea e Camila sucesso absoluto. E nunca mais ela precise de um amigo verdadeiro, nunca mais precise do apoio verdadeiro, nunca mais precise de um amigo fiel, que nunca mais precise ter que decidir entre uma amizade fiel, verdadeira por um objetivo”, declarou, deixando claro um tom de mágoa.
Trajetória
Marcus Diogo assumiu a prefeitura de Guarabira em junho de 2020, após o falecimento do então prefeito Zenóbio Toscano (PSDB), esposo de Lea. Desde maio de 2019, Diogo já estava à frente da administração, após Zenóbio sofrer um AVC.
Reeleito em 2020 para um mandato de quatro anos, Diogo apoiou Lea Toscano nas eleições deste ano, mas teve participação discreta na campanha devido a pesquisas que indicaram rejeição ao atual gestor. Seu mandato se encerra oficialmente nesta semana.
