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O que diz a PF sobre a participação do paraibano Tércio Arnaud na trama golpista de Bolsonaro

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Tércio Arnaud e Jair Bolsonaro — Foto: Reprodução
Maurílio Júnior

O paraibano Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está entre os 37 indiciados pela Polícia Federal por crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Ele é apontado como um dos principais integrantes do chamado “gabinete do ódio”, núcleo responsável por disseminar desinformação e coordenar ataques a adversários políticos.

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De acordo com a PF, Tércio e o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), integravam um núcleo de inteligência paralela. Ambos teriam atuado em conjunto para coletar e divulgar informações distorcidas sobre o sistema eleitoral e sobre a conduta ética de opositores do governo federal.

O indiciamento de Tércio ocorre no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de manter Bolsonaro no poder após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. A investigação aponta para uma série de ações que visavam desestabilizar o processo democrático entre 2022 e 2023.

A Polícia Federal enviou o relatório, que contém mais de 800 páginas, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se apresentará denúncia contra os indiciados. Caso a denúncia seja aceita pelo STF, eles se tornarão réus e serão julgados.