O prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo (Avante), tornou-se alvo da segunda fase da operação “En Passant”, da Polícia Federal, que investiga a influência de grupos criminosos no pleito municipal. Em sua defesa, o gestor culpou um vereador pelas nomeações de servidores ligados ao tráfico de drogas na prefeitura.
“Os vereadores da base indicam, você governa com aliados. É, humanamente, impossível você saber quem são os cinco mil funcionários. O responsável por tudo isso foi um vereador, possivelmente, eleito pelo tráfico, casado com a esposa de um traficante”, declarou Vitor Hugo na manhã desta quinta-feira (21).
Operação e alvos
Na manhã de terça-feira (19), cinco mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva foram cumpridos pela Polícia Federal em Cabedelo. Entre os alvos estão o atual prefeito Vitor Hugo (Avante), o prefeito eleito André Coutinho (Avante), atual presidente da Câmara de Vereadores, além do vereador Márcio Silva (União Brasil).
A operação investiga a atuação de uma facção criminosa que teria influenciado eleitores em troca de nomeações para cargos comissionados e outras vantagens políticas. Os crimes investigados incluem organização criminosa, coação ao voto, lavagem de dinheiro e peculato.
A PF prendeu Flávia Santos Lima Monteiro, que seria mulher de confiança do líder de um grupo criminoso com atuação na cidade. Flávia, segundo investigações da PF, seria o elo entre a atual administração.