A reeleição de Cícero Lucena em João Pessoa não foi apenas uma vitória numérica. Com 64% dos votos, Cícero consolidou sua influência na capital paraibana, tornando-se o primeiro prefeito a conquistar quatro mandatos na cidade.
A expressiva diferença de mais de 110 mil votos sobre Marcelo Queiroga (PL) mostrou a aceitação de seu governo, mesmo diante das críticas e da operação Território Livre, que envolveu a prisão de sua esposa, a quem ele ofereceu a vitória.
A vitória de Cícero sobre Queiroga registrou o maior percentual entre as 15 capitais que tiveram segundo turno. Não é pouca coisa.
O feito de Cícero é também político: ele conseguiu um raro equilíbrio de alianças. Construiu uma base que contava tanto com apoiadores de Jair Bolsonaro quanto de Lula, esvaziando o palanque de Luciano Cartaxo (PT) no primeiro turno e enfraquecendo o de Queiroga no segundo.
A tranquilidade do pleito também deve ser ressaltada. Ao contrário de episódios de compra de votos e violência observados em outras cidades, como em Campina Grande, onde um traficante foi preso durante a votação de segundo turno com materiais de campanha, armas, dinheiro e munições, João Pessoa teve eleições sem grandes incidentes.
Tudo isso reforça a legitimidade da vitória de Cícero e desacredita qualquer argumento sobre um “terceiro turno” nas urnas ou nos tribunais.