Harrison Targino, atual presidente da OAB-PB e candidato à reeleição em novembro, carrega em sua trajetória uma decisão polêmica: em 2004, diante da oportunidade de assumir a presidência da Ordem após a morte do então presidente eleito, Arlindo Carolino Delgado, Harrison preferiu aceitar o cargo de secretário de Segurança no governo de Cássio Cunha Lima, deixando a liderança da entidade de classe de lado.
Com a escolha, o advogado José Mário Porto foi quem assumiu a presidência da OAB-PB naquela ocasião, levantando questionamentos sobre o compromisso de Harrison com a Ordem.
Essa história ganha relevância nas eleições atuais, uma vez que os eleitores podem se perguntar até que ponto o candidato está comprometido em defender as prerrogativas e interesses da advocacia paraibana — ou se prioridades externas podem novamente afastá-lo da função que hoje disputa.
A postura de Harrison em 2004 levanta debates sobre o papel da presidência da OAB: seria ela apenas um trampolim para ambições políticas ou deveria haver uma dedicação exclusiva e contínua aos interesses da classe?