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Território Livre: em meio a vai e vem de decisões, juiz do TRE-PB dá dura em juíza: “tem que ter coragem”

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Em meio ao vai e vem de decisões, o juiz federal Bruno Teixeira de Paiva endureceu o tom durante a sessão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), nesta quarta-feira (2/10), contra a juíza Maria Fátima Ramalho, da 64ª Zona Eleitoral de João Pessoa, que mandou soltar na última terça-feira (30/9) investigadas da operação Território Livre, que visa combater o aliciamento violento de eleitores.

O entendimento do magistrado foi de que Fátima Ramalho vinculou o habeas corpus concedido pelo TRE-PB na segunda-feira a Taciana Batista do Nascimento para liberar a primeira-dama Lauremília Lucena e a vereadora Raíssa Lacerda (PSB).

— Pelas decisões da juíza de primeiro grau, ela vincula a liberdade dos outros investigados em relação a esse HC de Taciana, não tem nada a ver, não tem absolutamente nada a ver, com todo respeito que eu tenho aos colegas de primeiro grau, não tem absolutamente nada a ver — criticou.

— Tem um juiz da corte americana, um ex juiz, que dizia o seguinte: o juiz tem que ter coragem, se ele souber direito, melhor, mas isso não é o mais importante. Da parte deste relator e eu tenho certeza da maioria daqui desses colegas, não vai faltar coragem em momento nenhum para enfrentar o que a gente está enfrentando nessa eleição — prosseguiu Bruno de Paiva.

A tese que levou o TRE-PB a soltar Taciana, segundo o magistrado, não deveria se estender aos demais investigados e todos eles deveriam seguir presos.

— Então erra a juíza de primeiro grau quando vincula a Taciana se fosse para vincular. Se fosse para vincular, ninguém teria sido solto. Todos estariam presos de minha parte, pode ter outros motivos para soltar, mas se for para vincular, da minha parte, está errado, amigo véi (sic) — afirmou.