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Bruno diz que não pode corrigir problemas de 30 anos com “mágica”, mesmo com família na PMCG por três décadas

mauriliojunior.com

Bruno Cunha Lima (Foto: Divulgação / Ascom)
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Durante um debate realizado pela Rádio Correio 98 FM de Campina Grande, o atual prefeito e candidato à reeleição, Bruno Cunha Lima (União Brasil), tentou justificar as falhas nas gestões municipais dos últimos 30 anos, mas acabou por cair em uma armadilha criada por suas próprias palavras.

A tentativa de afastar a responsabilidade pelos problemas acumulados nas últimas três décadas expôs a profunda ligação de sua família com o comando político da cidade.

Ao responder uma pergunta do candidato Professor Nelson Júnior (PSOL) sobre as progressões do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR) dos servidores públicos municipais, Bruno tentou se distanciar dos erros das administrações anteriores.

O ponto crítico veio quando Bruno disse que não tinha como resolver, de forma mágica, os problemas resultantes de três décadas de administração. “O que eu não vou me comprometer e nem ninguém pode se comprometer é a ser o salvador da pátria, que vai muitas vezes conseguir corrigir problemas de 30 anos num passe de mágica. Definitivamente não é assim que as coisas se resolvem”, afirmou o prefeito.

A declaração foi vista como uma gafe, já que, ao tentar desviar a responsabilidade das gestões passadas, Bruno acabou incriminando seus próprios parentes e aliados políticos, sugerindo que eles também falharam em resolver os problemas da cidade.

Além disso, a fala de Bruno revela uma dificuldade em apresentar soluções concretas para as questões levantadas, principalmente no que diz respeito ao PCCR dos servidores públicos.

No fim do ano passado, vale lembrar, que o ex-senador Cássio Cunha Lima criticou o envaidecimento de Bruno, que segundo ele, deveria reconhecer o passado e valorizar o trabalho de décadas dos ex-prefeitos da cidade.

“Bruno tem que ter sempre a compreensão e saber reconhecer esse passado, de saber valorizar o que foi construído até aqui. Ele tem um desafio muito grande porque ele pega um sarrafo muito alto, então acredito que esse reconhecimento de Bruno no que diz respeito a essa trajetória e não imaginar que Campina foi criada hoje, foi inventada hoje. As pessoas às vezes ficam tanto quanto envaidecidas”, disse, na época.