território livre

O que diz a decisão da juíza que mandou prender a primeira-dama de João Pessoa

› mauriliojunior.com

maurílio júnior

@blogmauriliojunior teve acesso a decisão da juíza Mária de Fátima Lúcia Ramalho, da 64ª zona eleitoral de João Pessoa, que mandou prender na manhã deste sábado a primeira-dama da capital Lauremília Lucena.

Veja também:

Prefeito de João Pessoa classifica como “prisão política” mandado contra primeira-dama Lauremília; veja nota

A magistrada diz em sua decisão que a operação Território Livre, da Polícia Federal, e do Gaeco, do Ministério Público da Paraíba, “mostra a ligação dos envolvidos anteriormente, e mais as duas investigadas nessa fase, qual seja, diálogos da vereadora investigada com Tereza Cristina Barbosa Albuquerque, secretária da primeira dama municipal Maria Lauremília Assis de Lucena, fazendo pedido explícito para que haja a substituição de uma nomeação por outra, ou seja, que a esposa seja contratada no lugar do marido que estava preso, as provas até então trazidas apontam que as contratações indicadas pela Facção Criminosa foram efetuadas”.

Território Livre: juíza concede a PF mais prazo para concluir inquérito e operação pode ter novos alvos após eleição

“Verifica-se que não houve qualquer dissimulação quanto ao motivo: deveria haver a substituição ante a prisão do antigo contratado.Ficou demonstrado também, que a esposa de um traficante, com grande ingerência no sistema eleitoral exige que seus filhos sejam contratados e obtém sucesso quanto à exigência”, diz.

Em outro trecho, a magistrada afirmou que:

“Entre os elementos colhidos, destaca-se a cooptação de funcionários públicos e cargos comissionados na Prefeitura de João Pessoa, com indicações fraudulentas e promessas de gratificações indevidas, além de ameaças a eleitores e opositores políticos. Especificamente, as investigadas Maria Lauremília e Tereza Cristina, teriam desempenharam papéis centrais na nomeação de pessoas ligadas ao esquema criminoso, mediante acordos ilegais com membros de facção criminosa, como David e Kenny, para garantir o apoio da organização nas eleições”.