O desembargador Eduardo Guilliod, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, revogou na noite desta segunda-feira as prisões de todos os investigados na Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo sites de apostas.
O cantor Gusttavo Lima, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça pernambucana nesta segunda-feira, não foi beneficiado pela decisão.
A decisão do magistrado atende ao pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que solicitou a soltura dos detidos alegando a necessidade de realizar diligências complementares para a consolidação das provas.
Segundo o MPPE, ainda são necessárias investigações adicionais para a formação da opinio delicti – o convencimento jurídico do delito – o que motivou a expedição de um ofício requisitório à Autoridade Policial.
A Operação Integration, conduzida pelas autoridades pernambucanas, mirou uma suposta rede de lavagem de dinheiro que utilizava sites de apostas para ocultar e movimentar recursos ilícitos.
Entre os benefeciados pela decisão de agora pouco estão os paraibanos André Rocha e Aislla Rocha, que eram considerados foragidos pela Justiça. Eles são donos da Vai de Bet.
O juíz determinou que os investigados:
- não podem mudar de endereço sem prévia autorização judicial;
- não podem se ausentar da Comarca onde reside, sem prévia autorização judicial;
- não podem praticar outra infração penal dolosa;
- devem comparecer em até 24 horas, pessoalmente, no Juízo da 12ª Vara Criminal da Capital, para assinatura de Termo de Compromisso, para tomar ciência de todas as cautelares e informar endereço atualizado.
O desembargador também proibiu os investigados de frequentarem qualquer empresa que esteja relacionada à investigação da Operação Integration ou participar de qualquer tipo de decisão sobre a atividade econômica de qualquer empresa que faça da investigação. Também estão proibidos de fazer publicidade ou citar qualquer plataforma de jogos.