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Em ato pela ‘liberdade’, Bolsonaro manda apoiadores e até PM arrancar bateria de carro com som ligado

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maurílio júnior

Em ato denominado pela ‘liberdade de expressão’, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mandou apoiadores e até a Polícia Militar arrancar a bateria de um carro de som que estava ligado na Avenida Paulista durante o seu discurso.

Bolsonaro pediu que alguém sabotasse o veículo e chamou o responsável pelo barulho de “canalha” e “vagabundo”. “Se for possível parar esse som, a gente agradece. Ou então eu peço para alguém sabotar… arranquem o cabo da bateria desse carro”, pediu o ex-presidente.

Em seguida, Bolsonaro ofendeu o responsável pelo veículo. “Se esse picareta quer fazer um evento, que anuncie, convoque o povo e faça. Não atrapalhe pessoas que estão lutando por algo muito sério em nosso país.”

Bolsonaro tenta continuar o discurso, mas o interrompe novamente ao continuar ouvindo o som automotivo e pede novamente que policiais “arranquem a bateria” do veículo. “Desculpa aqui, ó, eu não sou governador… mas [eu peço] que a PM arranque a bateria desse carro. Essa é uma atitude de canalha, vagabundo, que não tem compromisso com seu país. Quer fazer política, vai fazer em outro lugar!”, esbravejou.

Em um evento que, em tese, seria para defender a ‘liberdade’, o ex-presidente agiu, como lhe é peculiar, de forma autoritária contra um princípio básico da liberdade de expressão: o direito de todos de se manifestarem.

Nada de novo.