O promotor de Justiça Alexandre Jorge do Amaral Nóbrega se manifestou nesta quarta-feira após se declarar suspeito para atuar no caso do médico Fernando Cunha Lima.
Nóbrega informou que por conhecer a família do acusado de pedofilia decidiu se afastar do caso.
— Os motivos que levaram à minha suspeição foram: primeiro, conheço parentes próximos do acusado, o que não me deixaria à vontade para atuar no processo.
Confira a nota:
Em relação a notícias veiculadas na imprensa sobre os motivos pelos quais o promotor de Justiça do Ministério Público da Paraíba, Alexandre Jorge do Amaral Nóbrega, manifestou sua suspeição para atuar em processo envolvendo um médico acusado de violentar crianças, o membro do MPPB faz os seguintes esclarecimentos:
1 – “Não conheço o cidadão que está sendo processado, não tenho amizade ou qualquer tipo de relação de amizade ou apreço por ele e meus filhos nunca se consultaram com ele.
2 – Os motivos que levaram à minha suspeição foram: primeiro, conheço parentes próximos do acusado, o que não me deixaria à vontade para atuar no processo.
3 – O segundo motivo pelo qual – mesmo sem ter recebido oficialmente esse processo, adiantei minha manifestação direto no PJe (sistema de processos do TJ) declarando minha impossibilidade – foi que não sou promotor criminal. Sou promotor da área cível (40º promotor de João Pessoa com atuação na área de patrimônio público e fundações). Ocorre que, de acordo com ato interno do MPPB (portaria de substituições), eu seria o primeiro substituto do promotor Arlan Costa, que manifestou sua suspeição para atuar no processo. Mas por entender que há fatos graves investigados e que o processo seria mais bem examinado por um promotor da área criminal, manifestei-me antecipadamente para que houvesse mais celeridade na designação de um membro que esteja em condições de atuar no processo com total imparcialidade e que tenha atribuição para isso”.