“Olha pro céu, meu amor”, foi assim que Elba Ramalho cantou às 0h de segunda-feira (24) para milhares de pessoas que se reuniram no Parque do Povo, no São João de Campina Grande, Agreste da Paraíba, para vivenciar o momento mais simbólico das festas juninas, celebrando a chegada do dia de São João no momento em que acontecia a tradicional queima de fogos no evento. A queima de fogos durou cerca de cinco minutos, de acordo com a organização do evento.
Antes, em coletiva de imprensa, Elba Ramalho preferiu não adentrar profundamente no assunto da pluralidade de gêneros musicais nas festas juninas. Na abertura do São João de João Pessoa, a cantora criticou a ausência do forró na maioria das festas juninas do Nordeste e ainda criticou a presença de Alok, DJ de música eletrônica, uma atração das festas de São João. Em Campina Grande, Elba não quis se comprometer.
Sobre a declaração dada na abertura do São João de João Pessoa, Elba explicou que as críticas acabaram pressionando a cantora a dar a declaração de que as festas de São João se tornaram festivais multiculturais.
“Em João Pessoa, o São João foi muito regional, então eles [imprensa] ficaram me provocando. Eu sou uma grande defensora da nossa cultura popular”, explicou Elba.
Na mesma coletiva de imprensa, Elba Ramalho explicou que, se fosse organizadora dos eventos juninos, montaria sua grade de programação valorizando os artistas de forró e daria oportunidade para os artistas de forró que atuam em outras partes do Brasil.
“[Trazia] um pouco do forró hiper nordestino brasileiro que se faz no Sudeste. Estou falando de muitos artistas que estão lá, que representam fortemente [o gênero], mas eles não vêm pra cá, morrem de vontade de vir. Eu gostaria muito de vê-los por aqui, por uma questão pessoal, de afeto, e de respeito por eles terem essa paixão tão grande pela nossa cultura”, declarou a artista.