Como garantir a educação continuada de 10 mil professores espalhados por todo o país? No Serviço Social da Indústria (SESI), esse é o grande desafio do Centro SESI de Formação, que realizou o primeiro encontro de 2024 dos núcleos de formação docente e mentoria entre os dias 20 e 22 de março. O start foi com 64 educadores de 24 estados, que estiveram imersos em dinâmicas, rodadas de conversa e aulas, afinal quem disse que professor não pode ser aluno também?
O encontro ocorreu no Centro SESI de Formação, em Brasília (DF), e os participantes desse primeiro encontro eram da área de Ciências Humanas de diferentes níveis educacionais: ensino fundamental, ensino médio e Educação para Jovens e Adultos (EJA). Ao longo do primeiro semestre desse ano, serão realizadas outras reuniões com professores das demais áreas do conhecimento, como Linguística e Matemática.
Os docentes são indicados pelos Departamentos Regionais (DRs) do SESI para compor o núcleo de formação e mentoria. De acordo com Thais de Luca, especialista em desenvolvimento industrial do SESI, o intuito é que “além de aplicar os conhecimentos adquiridos, os professores se tornem mentores nos departamentos regionais, ou seja, que compartilhem os saberes adquiridos com colegas profissionais, para haver uma ampla disseminação de saberes”.
Durante o itinerário, são realizadas atividades teóricas e práticas sobre tópicos diversos, como: organização e disposição da sala; metodologias de ensino; utilização de recursos digitais e tecnológicos; equidade entre estudantes; e currículo acadêmico. O projeto é realizado em ciclos que se desenvolvem ao longo de um semestre. O primeiro encontro do ano marcou o início do terceiro ciclo.
Troca de experiências e novos conhecimentos
Jonatas Rodrigues professor do ensino fundamental no SESI-MS já participou de outros ciclos e afirma estar praticando e dividindo com os colegas tudo que aprendeu. “Compartilhei com os demais professores da minha unidade todos os conhecimentos adquiridos no projeto, como metodologias e recursos tecnológicos. Todos temos o mesmo foco, que é o sucesso dos estudantes”, afirma o educador.
Já Aila Caroline professora do ensino médio no SESI-AP ressalta alguns dos conhecimentos adquiridos ao longo do evento. “Um dos pontos mais interessantes foi que nós aprendemos, de forma prática, diferentes estratégias metodológicas em relação à tecnologia e às plataformas digitais”, diz Aila.
Para Josiele Eilers professora do EJA no SESI-SC um dos grandes destaques do projeto é a possibilidade de trocar experiências com educadores de diferentes estados. “É uma iniciativa muito flexível que nos permite entrar em contato com diversas realidades. A troca de conhecimentos, com as especificidades de cada estado, nos faz reavaliar a nossa proposta metodológica e ampliar nosso repertório”, explica.
