A taxa de desocupação, na Paraíba, chegou a 9,6% no 4º trimestre de 2023, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD C) Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (16/02), pelo IBGE. Com isso, o estado encerrou o ano com uma taxa média de 9,6%, a menor desde 2015, quando também foi de 9,6%. No entanto, tanto o indicador trimestral, quanto o anual, ficaram acima das médias nacionais, de 7,4% e 7,8%, respectivamente.
Em comparação às outras unidades da federação, a Paraíba apresentou a 10ª maior taxa de desocupação do país em 2023.
A pesquisa estima ter havido uma redução de 20,5% no número médio de pessoas desocupadas no estado, que passou de 205 mil, em 2022, para 163 mil, em 2023, correspondendo a uma redução absoluta de 42 mil desocupados.
Por outro lado, o total de pessoas ocupadas teve alta de 6,6%, pois passou de 1,45 milhão, em 2022, para 1,54 milhão, em 2023. Isso contribuiu para que o nível de ocupação estadual também apresentasse recuperação, aumentando de 45,1% para 47,6%, respectivamente, voltando ao patamar pré-pandemia da Covid-19, em 2019 (47,4%).
Contudo, ficou abaixo tanto da média regional (48,5%), como da nacional (57,6%), tendo sido o 7º menor do país. Esse índice é calculado com base no número de pessoas ocupadas em relação ao total daquelas que estão em idade de trabalhar, ou seja, têm 14 anos ou mais.
Por sua vez, a taxa paraibana de informalidade, que havia sido de 50,5% em 2022, recuou 0,7 pontos percentuais (p.p.), em 2023, quando caiu para o patamar de 49,8%. O indicador permaneceu como o 9º maior do país e foi bem superior à média brasileira (39,2%), porém inferior à regional (52,1%).
Apesar desse recuo na taxa de informalidade, em números absolutos houve crescimento no total de pessoas ocupadas informalmente no estado, que passou de 731 mil, em 2022, para 768 mil, em 2023.
Também foi registrada redução na taxa média anual composta de subutilização da força de trabalho no estado, que caiu de 31,2%, em 2022, para 27,4%, em 2023. Porém, foi a 6ª maior do país e ficou acima da média nacional (18%), embora menor que a média regional (29,6%). Essa taxa é a proporção de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial, em relação à força de trabalho ampliada.
Já em relação à remuneração na Paraíba, a PNAD C aponta que o rendimento médio de todos os trabalhos efetivamente recebido pelos ocupados passou se R$ 2.198, em 2022, para R$ 2.392, em 2023, o que representa um aumento de 8,8%. Mesmo assim, foi o 12º menor do Brasil e ficou abaixo da média do país (R$ 2.979), embora acima da média regional (R$ 1.991) e o maior entre os estados do Nordeste.
4º trimestre de 2023
No 4º trimestre de 2023, a taxa de desocupação na Paraíba foi de 9,6%, mantendo-se estatisticamente estável frente ao 3º trimestre (9,3%). Em comparação ao resultado do mesmo período do ano anterior, em que a taxa havia sido de 10,3%, houve queda de 0,7 p.p., que também representa uma situação de estabilidade estatística.
Nos últimos três meses de 2023, houve um crescimento da população desocupada no estado, que passou de 157 mil, no trimestre anterior, para 166 mil pessoas. Já em relação ao 4º trimestre de 2022, quando havia 174 mil pessoas desocupadas na Paraíba, verificou-se uma redução de 4,6%, o que corresponde a menos 8 mil pessoas em situação de desocupação no estado.
O nível da ocupação foi de 48,2% e ficou bem abaixo da média nacional (57,6%). Frente ao trimestre imediatamente anterior (47,7%), assim como diante da média do 4° trimestre de 2022 (46,9%), o indicador paraibano manteve-se estatisticamente estável. A taxa de informalidade, por sua vez, no último trimestre de 2023, foi de 50,8%.