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“Canalhas”. Assessor de Bruno inflama crise, acusa legislativo de extorsão e reunião é cancelada

Por Maurílio Júnior

Uma publicação feita por um assessor do prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) no Instagram acusando os vereadores de querer dinheiro em troca da aprovação da Lei orçamentária Anual (LOA) inflamou de vez a crise entre o gestor e a Câmara Municipal de Campina Grande. A publicação feita por um assessor do gabinete do prefeito foi curtida por secretários municipais. Já um assessor da primeira-dama campinense Juliana Cunha Lima chegou a chamar os vereadores de “bando de canalhas”.

Em nota divulgada na tarde deste sábado, a bancada de oposição requereu uma manifestação de retratação dos servidores envolvidos além de posicionamento do chefe do poder executivo, Bruno Cunha Lima, antes que se avance nos diálogos “para consolidação dos demais temas inerentes a relação entre os poderes”. A reunião, que poderia acontecer na próxima-feira (02), na Câmara, está cancelada no momento.

“Reforçamos a necessidade absoluta de manter-se o respeito as pessoas e as instituições, afinal memórias de ataques recentes deixaram feridas a democracia brasileira e não é esta a esperança dos que querem um Campina Grande desenvolta, que caminhe em um ritmo acelerado de atenção a políticas públicas e de austeridade nos atos de toda a sua gestão”, acrescenta a nota.

A bancada cita os nomes dos servidores que atacaram o legislativo: Walker Faustino – assessor no gabinete do prefeito, Joab Machado – Secretário Municipal de Obras, Talita Lucena – Coordenadora Municipal da Mulher, Dorgival Vilar – Coordenador de Gestão Municipal e Marcelo Gonçalves – Assessor da Primeira Dama.

A Câmara não votou ontem a LOA 2024, uma vez que o prefeito Bruno Cunha Lima ainda não sancionou as emendas impositivas, mecanismo já usado em outras casas legislativas, como Câmara dos Deputados, Senado, Assembleia Legislativa e Câmara de João Pessoa.