escândalo do padre zé

Gaeco e Polícia cumprem mandados em nova fase da operação que mira desvios no Padre Zé

Por Maurílio Júnior

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado da Paraíba, cumpre na manhã desta quinta-feira (14), em conjunto com a Polícia Militar e Polícia Civil, mandados de busca e apreensão na nova fase da Operação Indignus, que apura suspeita de desvios no Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Os alvos são endereços ligados a seis investigados e quatro empresas, sendo três em João Pessoa e sete em Patos.

Esta fase é um desdobramento da “Operação Indignus” que trata da apuração dos ilícitos relacionados ao pagamento de propina, lavagem de dinheiro, desvio de finalidade e apropriação indébita, dentre outros, de valores repassados majoritariamente pelos cofres públicos ao Instituto São José, ao Hospital Padre Zé e à Ação Social Arquidiocesana/ASA, envolvendo um Núcleo de Empresas e pessoas geridas por investigados.

Ex-diretor do Padre Zé, o Padre Egídio está preso desde o dia 17 de novembro no presídio especial do Valentina. Ele é suspeito de liderar uma organização criminosa que teria desviado R$ 140 milhões do Hospital Padre Zé, unidade filantrópica que era administrada pelo religioso há mais de 10 anos.

De acordo com o Gaeco, nessa fase, houve uma especificação focando nas condutas referentes ao fornecimento dos itens alimentícios para o projeto Prato Cheio, que teve as contas esvaziadas, acarretando que cerca de 4 mil refeições por dia deixaram de ser fornecidas, mesmo vigentes os convênios. A operação cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a um conjunto de empresas vinculados a uma única pessoa, a qual recebeu mais de R$ 23 milhões. Também teve por alvo um servidor público.

Crimes investigados

Esse desdobramento da investigação trata da apuração dos ilícitos relacionados ao pagamento de propina, lavagem de dinheiro, desvio de finalidade e apropriação indébita de valores repassados majoritariamente pelos cofres públicos ao Instituto São José, ao Hospital Padre Zé e à Ação Social Arquidiocesana (ASA), envolvendo um núcleo de empresas geridas por investigados.

Foram cumpridos todos os 10 mandados judiciais de busca e apreensão, em endereços de seis investigados e quatro empresas, sendo três na cidade de João Pessoa-PB e sete na cidade de Patos-PB. O trabalho conta com a participação de 30 integrantes do Gaeco (incluindo membros e servidores), com 20 integrantes da Polícia Militar e 20 integrantes da Polícia Civil da Paraíba (delegados e policiais civis), formando um efetivo de aproximadamente 70 agentes públicos.