caso padre zé

Gaeco denuncia Padre Egídio por usar emendas para comprar móveis de luxo; empresário é alvo

Por Maurílio Júnior

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado, do Ministério Público da Paraíba, apresentou mais uma denúncia contra o Padre Egídio, a ex-tesoureira Amanda Duarte e o empresário João Diógenes Holanda no escândalo envolvendo o desvio de recursos no Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Um outro empresário, Ironaldo Guimarães, também é citado no suposto esquema, mas não foi denunciado, por ter colaborado com as investigações.

A investigação acusa Egídio de desviar verba de um convênio com a Prefeitura de João Pessoa oriundo de emendas de vereadores para comprar móveis de luxo. Egídio, diz o MP, chegou a pagar em uma só cadeira o valor de R$ 35 mil. Também desembolsou R$ 14 mil em uma mesa de jantar. O valor do convênio deveria ser usado para comprar 38 monitores multiparamétricos para o Hospital Padre Zé durante a pandemia de Covid-19, o que não teria ocorrido.

1ª denúncia: Padre Zé: Gaeco apresenta denúncia e diz que Padre Egídio possui “segredos” de políticos, juízes e empresários

O MP aponta que Egídio, Amanda e Holanda “perpetraram o desvio de recursos públicos destinados à aquisição desses equipamentos, totalizando R$ 363.926,00 (trezentos e sessenta e três mil, novecentos e vinte e seis reais). Para tanto, utilizaram-se de uma nota fiscal ideologicamente falsa, com o objetivo de justificar a transferência do montante a Ironaldo Guimarães, que, de fato, nunca esteve na posse dos equipamentos, tampouco os entregou ao Hospital Padre Zé”.

Os valores das emendas usados pelo Padre para benefício próprio foram destinados pelos vereadores Bruno Farias, Francisco Henrique, Damásio Franca, João Bosco, João Carvalho, Raissa Lacerda, Tanilson Soares, Luis Flávio, João Bosco, João dos Santos e Zezinho do Botafogo.

Se a Justiça aceitar a denúncia, o Padre Egídio vai responder por peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Já Amanda e Holanda foram denunciados por peculato.