escândalo

Vida de luxo do padre Egídio chegou à Justiça, polícia e MP em 2018, mas caso foi arquivado

Por Maurílio Júnior

A vida de luxo do Padre Egídio, ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, chocou a Paraíba nos últimos meses, no entanto, cinco anos antes do escândalo estourar, já se tinha indícios que o religioso levava uma vida fora do padrão. Isso porque uma mulher denunciou o Padre, através das redes sociais, de desviar verba da unidade filantrópica.

Em junho de 2018, A.R.Q.S escreveu nas redes sociais que Egídio tirou o café da manhã dos funcionários enquanto havia adquirido um carro de alto padrão e teria uma granja com animais de raça, conforme atestou agora em 2023 as investigações. Na postagem, a mulher pediu intervenção do Ministério Público da Paraíba. Ela também havia denunciado os constantes atrasos de salários da folha de funcionários.

Em uma das publicações, A.R.Q.S profetizou que “vocês vão cair porque existe um Deus que não gosta de maldade com as pessoas”.

O caso chegou à Polícia, ao Ministério Público e a Justiça através do próprio Padre Egídio, que acusou A.R.Q.S de caluniá-lo. A diretora administrativa do Padre Zé, Jannyne Dantas, foi parte na ação. No depoimento à Polícia, Egídio e Jannyne alegaram que a mulher estava propagando “maldade com as pessoas” ao dizer que o padre “teria desviado verbas de doações para adquirir um veículo”.

Em agosto de 2018, o processo contra A.R.Q.S foi aberto no Juizado Especial Criminal da Capital. Na ação, foi anexado o Termo Circunstanciado de Ocorrência de Egídio e Jannyne na Polícia Civil. O caso não avançou e em agosto de 2019, o processo foi arquivado pela Justiça com aval do Ministério Público e das respectivas defesas.