8 de janeiro

Saiba quem é a advogada da Paraíba alvo da PF por envolvimento em atos golpistas

Por Maurílio Júnior

A Polícia Federal cumpre mandados em João Pessoa, Cabedelo e Bayeux, nesta terça-feira (21/11), durante a 20ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que incitaram, participaram e fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília. Entre os alvos na Paraíba está a advogada Edith Christina Medeiros Freire. Ela já havia sido presa por participar dos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília, e dessa vez, o endereço dela foi alvo de um mandado, no bairro de Cabo Branco, em João Pessoa.

A advogada bolsonarista, de 56 anos, foi presa ainda no dia dos atos golpistas.  Segundo informações do G1, Edith compôs o Tribunal de Ética da OAB no triênio 2019/2021 e esteve envolvida em uma denúncia de assédio sexual dentro da OAB-PB, quando tentou desqualificar a vítima.

De acordo com o processo, de agosto de 2017, a advogada afirmou que a vítima de assédio sexual estaria tentando realizar uma armação contra o acusado de cometer o crime, o então secretário-geral da OAB-PB. Edith Christina foi acusada por injúria e difamação no caso, mas fez um acordo.

Durante os anto antidemocráticos, o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas Instituições.

Ao todo, serão cumpridas medidas em relação a dez investigados: duas prisões preventivas e dez mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. As medidas estão sendo cumpridas em João Pessoa/PB, Cabedelo/PB, Bayeux/PB, Mirassol do Oeste/MT e Cáceres/MT.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.

As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.