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Com atrasos da PMCG, Hospital da FAP recorre a empréstimo para manter serviços de oncologia

Por Maurílio Júnior

Referência no atendimento de pacientes com câncer em Campina Grande, o Hospital da FAP precisou realizar nesta semana um empréstimo de R$ 500 mil para manter seus serviços. Foi a saída encontrada diante do atraso da Prefeitura de Campina Grande para repassar recursos de emendas federais e produção.

A unidade de caráter filantrópico abriu uma carta especial junto ao Sicoob, apurou o @blogmauriliojunior. Ao todo, a PMCG deve há meses cerca de R$ 13 milhões a FAP. Após a repercussão da situação, a Secretaria de Saúde do Município fez contato com a direção da unidade para repassar R$ 2 milhões de pouco mais de R$ 7 milhões em aberto. Também há um débito de R$ 5,3 milhões referentes à produção (serviços e procedimentos prestados e não pagos). O quadro é preocupante.

O @blogmauriliojunior também apurou que a FAP está com 2 meses de salários atrasados junto a equipe médica formada por quase 100 profissionais. Além disso, há uma dívida de R$ 2 milhões com fornecedores em virtude do dinheiro que não foi repassado pela gestão muncipal.

Senadora cobra PMCG a pagar emendas

A senadora Daniella Ribeiro tratou como “inaceitável que a prefeitura municipal de Campina Grande esteja retendo mais de R$ 12 milhões dos recursos que são do hospital da FAP em Campina Grande”.

A parlamentar destinou emendas para FAP, mas o dinheiro segue retido pela Prefeitura de Campina Grande.

“Inaceitável e criminoso deixar de repassar verbas, boa parte oriunda de emendas nossas, e que não pertencem à gestão municipal, a um hospital, pondo em risco o atendimento de milhares de pessoas”, acrescentou.

“Não é possível que alguém possa concordar com isso. Não é possível que o prefeito consigar dormir em paz. Não adianta fazer corrida pelo bem, mas não praticá-lo quando tem a oportunidade”, finalizou.