O pedido de prisão do Padre Egídio protocolado pelo Ministério Público da Paraíba ao Tribunal de Justiça do Estado acusa o religioso de ter desviado recursos do Instituto São José, mantedor do Hospital Padre Zé, para construção de uma granja de luxo no Paraná.
Segundo o Gaeco, o padre teria contratado uma consultoria especializada em arquitetura, prestado pelos arquitetos Glauco Brito e Mansa Rodrigues, tendo por objeto um projeto de arquitetura para a construção de um Salão de Lazer e Estúdio com suíte, com área aproximada de 210 metros quadrados de área construída, localizado no município de Bandeirantes (PR).
O desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba, afirmou, na decisão que decretou a prisão preventiva do Padre Egídio Carvalho que o religioso poderia continuar cometendo fraudes com os recursos desviados do Hospital Padre Zé.
Ainda de acordo com a investigação, há “indícios de que a obra no Estado do Paraná teria sido custeada com verbas do Instituto São José e Ação Social Arquidiocesana, incluindo toda a iluminação, que foi adquirida na loja Delias Iluminação, localizada em João Pessoa, conforme conversas realizadas entre a investigada Amanda Dantas e Carminha Delias, por meio do aplicativo de conversas Whatsapp, segundo levantamento realizado por meio de perícia no aparelho celular de Amanda Duarte Dantas.”
“Numa dessas conversas, Amanda Dantas solicita e Carminha Delias a envia uma fatura referente ao pagamento no valor de R$ 57.000,00 (cinquenta e sete mil reais), relativos à aquisição de produtos comercializados por Delias Comércio de Iluminação LTDA ME, em 05 (cinco) parcelas de R$ 11.400,00 (onze mil e quatrocentos reais). Em seguida, ainda no mesmo dia do envio da fatura, Amanda Dantas afirma, em continuidade à conversa travada com Carminha Delias, que faria o pagamento da primeira parcela e envia o comprovante de pagamento realizado por meio de conta bancária do Instituto São José”, diz o MP.