A emenda do então senador José Maranhão em 2018 enviada para o Instituto São José, que foi o intermediário do aporte financeiro para Fundação Padre Pio, iria atender quase 100 crianças com crianças microcefalias e transtornos neurológicos. Do valor de R$ 200 mil apenas R$ 20 mil chegou a Fundação – R$ 180 mil sumiram.
A informação do sumiço do dinheiro foi revelada em nota ontem divulgada pelo Padre George, que coordenava a Fundação Padre Pio na época, e que hoje dirige o Instituto São José, responsável pelo Hospital Padre Zé. George passou a substituir o Padre Egídio em setembro deste ano, após estourar o escândalo no Padre Zé. Egídio é suspeito de desviar recursos da unidade de saúde.
A nota do Padre George foi divulgada após alguns sites noticiarem que a Fundação Padre Pio havia recebido 200 mil reais da gestão de Egídio fruto de emenda parlamentar.
Diz um trecho da nota de George: “(…) o Instituto São José, por meio dos seus antigos gestores, apenas repassou Fundação (Padre Pio de Pietrelcinao) valor de vinte mil reais, não se sabendo qual o destino dado aos R$180 mil restantes e nunca repassados.”
Questionado pelo @blogmauriliojunior, nesta quinta-feira (09) por que não denunciou o Padre Egídio na época, Padre George afirmou que vinha cobrando o Padre Egídio desde então, mas ele sempre postergava. Com o surgimento da pandemia de Covid-19 em 2020, Egídio teria pedido paciência. Padre George diz ter guardado conversas com Egídio sobre o assunto.
Em novembro de 2018, a Fundação Padre Pio de Pietrelcina, então comandada por George, recebeu um aval do Ministério Público da Paraíba para celebrar uma parceria com o Instituto São José, do Padre Egídio, para percepção de recursos provenientes de emenda parlamentar. O documento foi assinado pelo promotor Alexandre Jorge do Amaral no dia 6 de novembro.