Imagine uma capital do Nordeste sem energia elétrica há uma semana praticamente, por causa de uma tempestade? Nas redes sociais sobrariam comentários do tipo “Faz o L”. O caso, em questão, está acontecendo em São Paulo, a maior cidade da América Latina, atualmente governada pela direita em âmbito estadual e municipal. O serviço de fornecimento de energia elétrica é privatizado no estado.
De acordo com a concessionária, a Enel SP, a Região Metropolitana de São Paulo ainda tem 200 mil endereços (entre residenciais e comerciais) sem energia elétrica, quatro dias após o temporal que deixou mais de 2 milhões de pessoas sem luz na última sexta (3).
Em meio a crise no fornecimento de energia, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) defendeu a criação de uma “taxa de melhoria” para realizar um plano de enterramento dos fios. O custo seria de R$ 20 bilhões.
O estado de São Paulo é governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), eleito em 2022 com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Já o município tem à frente Ricardo Nunes (MDB), que conta com apoio do ex-presidente da República para sua reeleição em 2024.