O juiz José Guedes Cavalcanti Neto, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, negou um pedido de prisão contra o Padre Egídio, ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. A informação foi divulgada inicialmente ontem pelo repórter Emerson Machado e confirmada pelo @blogmauriliojunior.
O pedido de prisão contra o religioso foi apresentado pelo Gaeco, do Ministério Público da Paraíba.
No último dia 5 de outubro, imóveis de luxo atribuídos ao Padre Egídio foram alvos de uma operação que cumpriu ao todo 11 mandados de busca e apreensão.
O Padre Zé é um hospital filantrópico e recebe recursos por meio de convênios com gestões públicas, emendas parlamentares e também doações privadas.
O caso do Hospital Padre Zé
As irregularidades no Hospital Padre Zé começaram a ser investigadas quando mais de 100 aparelhos celulares foram furtados da instituição. Esse caso foi tornado público em 20 de setembro. A denúncia, no entanto, foi feita em agosto e imediatamente um inquérito policial foi aberto. Um suspeito, inclusive, chegou a ser preso, mas responde em liberdade e cumpre medidas cautelares.
Padre Egídio deixou a direção do hospital logo após a denúncia sobre o furto de celulares. Os celulares foram doados pela Receita Federal, oriundos de apreensões, e seriam vendidos em um bazar solidário para comprar uma ambulância com UTI e um carro para distribuição de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade.
No desenrolar das investigações do furto, a Arquidiocese da Paraíba anunciou que estava afastando o padre Egídio de qualquer ofício ou encargo eclesiástico. Na prática, ele fica proibido de ministrar missas ou qualquer outro sacramento da igreja.