Informe Legislativo O diálogo com empresários, trabalhadores e frequentadores do Centro Histórico de João Pessoa é o ponto de partida defendido pelo deputado federal Ruy Carneiro para revitalização da região. O parlamentar esteve no local durante o fim de semana e confirmou a veracidade dos diversos relatos sobre falta de apoio do poder público, insegurança e ausência de ações de incentivo à cultura e ao turismo.
Ruy revelou o resultado da conversa com empresários, comerciantes informais, e frequentadores. “Atualmente, quem mantém o Centro Histórico vivo é a iniciativa privada e parte da cena cultural da cidade. É consenso que sem esses abnegados, as poucas atividades que ainda resistem também estariam completamente entregues ao abandono. Isso sem falar que praticamente todos já buscaram algum tipo de apoio da Prefeitura, mas nenhum recebeu a atenção necessária”, criticou.
A falta de segurança é um dos pontos que mais incomodam turistas e pessoenses, segundo o deputado. “Mesmo num dia de grande movimento, não tinha nenhum guarda municipal entre a Praça Rio Branco, o Beco da Cachaçaria e muito menos na General Osório. É preciso garantir um efetivo mínimo de agentes de segurança na localidade. Os relatos de assaltos são recorrentes”, revelou.
Ruy acredita que o caos no sistema de ônibus da capital também contribui para o agravamento da situação. “Dezenas de pessoas relataram que antes da pandemia existiam ônibus pelo menos até 1h da manhã, para garantir o retorno das pessoas para as suas casas. Hoje, além das linhas que foram extintas, não existe mais transporte público depois das 20 horas. É preciso acabar com esse esquema junto as empresas de ônibus e assegurar o bom funcionamento dos serviços básicos para as pessoas”, defendeu.
O caminho para uma nova realidade passa por uma gestão organizada, investimentos pontuais e diálogo permanente com os representantes do segmento. “É fundamental que o trabalho de reconstrução de João Pessoa tenha o Centro como uma das prioridades. Os investimentos passam pela infraestrutura urbana, calçadas acessíveis, iluminação pública, acesso à banheiros públicos e a construção de um calendário permanente de eventos culturais. Se outras cidades conseguiram restaurar a vida nas áreas centrais e nas regiões históricas, nossa capital também tem plenas condições de fazer. Basta vontade, dedicação e muito trabalho”, finalizou Ruy.