O reitor da Universidade Federal da Paraíba repudiou nesta quarta-feira (06) a matéria publicada por este blog acerca de um processo aberto pela Ouvidoria da Instituição contra um professor de medicina que deu aula com a camisa do MST. Para Valdiney Gouveia, “a matéria do Sr. Maurílio Júnior age de maneira desinformada e enviesada, confunde ato de Ouvidoria com ações da Reitoria”.
Veja: Ouvidoria da UFPB abre processo contra professor que deu aula com camisa do MST
“Importante esclarecer que a Ouvidoria Geral integra o Sistema de Ouvidoria do Poder Executivo Federal (SISOUV) como unidade setorial, no escopo do Serviço de Informação ao Cidadão (SIC), conduzindo suas atividades a partir de denúncias e manifestações veiculadas por meio da plataforma FalaBr. Não se trata, pois, de unidade que cumpre determinação de gestão ou gestor específico, mas parte de um sistema que assegura a manifestação a qualquer cidadão. Está vinculada à Reitoria no plano administrativo, porém com autonomia plena e atribuições definidas pelo SISOUV, tendo apenas subordinação de assessoria ao Consuni (Conselho Superior)”, diz Valdiney.
A nota divulgada pela UFPB acusa o signatário deste blog de ser “mal-informado” e acusa de tentar “julgar e culpatibilizar” Valdiney Gouveia. ” Importante informar que a Ouvidoria recebeu manifestação em face de professor da UFPB que, presumivelmente, apresentou conduta não condizente com suas funções, ministrando aula de Epidemiologia (curso de Medicina) usando camisa com símbolo de um movimento social, além de logo do mesmo movimento em slides objeto da aula. Destaca-se que compete à Ouvidoria de qualquer órgão público, ao receber demanda, levantar elementos mínimos descritivos de presumível ato ilícito, informar ao interessado e, se for o caso, endereçar o processo às autoridades competentes para o juízo de admissibilidade.”
Nomeado em 2020 pelo então presidente Jair Bolsonaro, a gestão do reitor da Universidade Federal da Paraíba, Valdiney Gouveia, terceiro lugar na lista tríplice, coleciona polêmicas. A principal delas envolve o uso indevido o sistema de cotas sociais para ingressar no curso de engenharia de produção. Em fevereiro deste ano, a Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) determinou a exclusão do nome de Valdiney Gouveia da lista de aprovados.