A Polícia Federal ouve nesta quinta-feira (31) oito pessoas no caso das joias recebidas pelo governo Bolsonaro em viagens ao exterior. O ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e mais seis pessoas próximas ao casal foram intimados. No caso de Bolsonaro e Michelle, o núcleo de advogados do casal traçou algumas estratégias. Ambos se mantiveram em silêncio ao depor.
- Informações de Andréia Sadi, no site G1
Os investigadores apuram as circunstâncias de um esquema de venda ilegal de joias recebidas em viagens ao exterior. A expectativa ao ouvir todos ao mesmo tempo era evitar que os depoentes tivessem acesso antecipado às perguntas e que combinassem as respostas.
Entre os depoentes estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid (filho) e o seu pai, Mauro Cid, que, segundo fontes ouvidas pelo jornalista César Tralli estão respondendo as perguntas dos investigadores. Por volta das 11h da manhã, todos os intimados já havia chegado às sedes da PF em Brasília e em São Paulo.
A maior parte dos depoimentos durou menos de uma hora porque os investigados decidiram não responder os questionamentos. Ficaram em silêncio: Bolsonaro, Michelle, Wajngarten e Câmara. Em nota, as defesas dos quatro disseram que tomaram essa decisão por julgarem que o Supremo Tribunal Federal (STF) não é a instância adequada para a investigação.
O ministro do STF Alexandre de Moraes “puxou” o caso para a Corte por identificar que os militares e aliados de Bolsonaro envolvidos no caso eram os mesmos citados em outros inquéritos no Supremo – como o das fake news e o das milícias digitais.