A declaração dada hoje pelo deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) ao repórter Eclinton Monteiro, da 98 FM, admitindo a possibilidade de concorrer à Prefeitura de Campina Grande contra o ainda aliado Bruno Cunha Lima (PSD), é de causar profundas reflexões.
Tovar, afinal, foi quem abriu mão de disputar a Prefeitura de Campina Grande em 2020 para apoiar Bruno. Ele não é o primeiro a se rebelar contra o jovem prefeito. A maior liderança de Campina Grande, ex-prefeito e deputado federal Romero Rodrigues (Podemos), vive uma crise pública com o seu sucessor. Romero, como se sabe, não pisou no Parque do Povo durante o último São João.
Nos últimos meses, o prefeito de Campina Grande trocou farpas públicas com a senadora e ex-aliada Daniella Ribeiro (PSD). Bruno afirma que a parlamentar estar carregada de muito ódio, enquanto Daniella acusou o gestor de misoginia.
No ano passado, o então vice-prefeito de Campina Grande e hoje vice-governador Lucas Ribeiro (PP) deixou o agrupamento político do prefeito depois de ser massacrado. Lucas chegou a ter o seu nome tirado das placas de inaugurações da gestão. Não aguentou e arrumou as malas para João Azevêdo (PSB).
Sem falar no ex-deputado estadual Manoel Ludgério, que há cerca de 20 dias, tratou Bruno como ingrato. Neste caso, o prefeito acalmou o aliado com a nomeação da cunhada para um cargo na Procuradoria Geral do Município.
Estariam todos errados e Bruno certo? É a pergunta que Campina tem feito.